Ouvindo pessimistas e
optimistas estima-se que entre 10.000 a 20.000 agentes da autoridade se
manifestaram na passada quinta-feira à noite em frente à Assembleia da
Republica.
No dia seguinte, quando
pesquisava informação sobre o sucedido nos periódicos nacionais só encontrei
manchetes do género: “Polícia visto na manifestação usa pulseira electrónica” ou
“Meia dúzia de feridos entre os manifestantes” e ainda "Duas horas de tensão mas polícias não subiram as escadarias" et cacetera cacetera…
Então e os motivos?
Aqueles agentes não
foram certamente manifestar-se contra as gravatas do primeiro-ministro ou os
penteados do seu vice…
Aqueles agentes perderam poder de compra com
sucessivos cortes salariais e com os aumentos nas contribuições para
subsistemas de saúde e contribuições extraordinárias de solidariedade (bonitinha
forma de denominar
“outra-forma-de-subir-os-impostos-a-subservientes-que-trabalham-para-aquecer”) e,
ainda têm que suportar os custos com a própria farda.
Quando ouço as notícias sobre a Ucrânia e a Venezuela penso em países de terceiro mundo. Às vezes quando ouço falar de Portugal também.