Sou a Diana Cristina e
até há alguns dias atrás nem sabia quem era Charlie
Hebdo, conhecia alguns dos seus cartoons
porque adoro este tipo de sátira mas estava longe de saber quem eram os
franceses por trás dos mesmos.
Condeno qualquer tipo
de violência e como qualquer cidadão do mundo fiquei chocada e comovida com os
acontecimentos recentes em Paris.
No entanto, sou demasiado
inquisitiva (ou até mesmo desconfiada) para me deixar galvanizar por toda esta
corrente sem colocar algumas questões:
Como é que os tipos que
se vestiram de preto, usaram luvas e taparam as trombas (não posso usar “caras”
porque estamos a falar de animais selvagens) iriam esquecer as carteiras
recheadas de documentos de identificação no carro usado na fuga?
Porque é que mataram à
queima-roupa dois homens sem reféns e que poderiam responder a muitas questões?
O que é que o
presidente da Arábia Saudita, responsável pelo chicoteamento de um blogger no seu país, está a fazer numa
manifestação a favor da liberdade de expressão?
Não é muita hipocrisia as
pessoas que tinham o Charlie Hebdo em
tribunal por cartoons difamatórios agora
segurarem faixas a dizer “Je suis Charlie”?
Independentemente de todas as teorias da
conspiração, tenho um enorme orgulho e respeito por todos aqueles que, mesmo
com medo, conseguem ter a coragem de dizer, escrever e desenhar aquilo que
pensam.
Que mesmo, entre mortos e feridos, continue a ganhar
a bravura e o arrojo!