quarta-feira, 29 de julho de 2015

Selfiestick ou Narscisstick

A única explicação lógica para o aparecimento (e, consequentemente, sucesso) dos selfiesticks é o isolamento e a inadaptação social em que vivemos.

As pessoas estão tão segregadas no "seu mundinho" que já nem se dignam a pedir ajuda para tirar uma simples fotografia...





sexta-feira, 24 de julho de 2015

Viena em 3 Dias #istonãoéumbloguedeviagens

Primeiro começo por apresentar-vos a cidade:

Terra de imperadores, compositores e artistas, a capital austríaca, situa-se nas margens do Danúbio e é uma mistura única de tradições imperiais e arquitetura moderna. Viena é famosa pelos seus eventos culturais, pontos turísticos, cafés, heurigen (típicas tabernas austríacas), tabernas de vinho e encanto especial.

Existem 3 palácios relevantes em Viena: Hofburg, Schönbrunn e o Belvedere.
Li em vários sítios que se tivéssemos que escolher deveríamos pagar para entrar nos dois primeiros porque são extremamente interessantes do ponto de vista arquitetónico e das coleções exibidas. Já em Belvedere podemos apenas apreciar de fora porque no interior a grande atração resume-se à obra de Klimt, Kokoschka e Schiele. Escrevo isto com alguma pena porque um dos meus quadros preferidos é “O beijo” de Klimt.

Temos vários km para palmilhar entre o Ringstrasse (onde se encontram alguns dos mais famosos e belos monumentos da cidade) ou o Museumsquartier (uma das maiores áreas culturais do mundo).
Posto isto vou oferecer-vos uma sugestão de roteiro que deve ser alterada conforme as vossas escolhas e desejos.

Dia 1:

Chegados a Viena, o melhor será livrarem-se das malas o mais rapidamente possível e depois podem almoçar numa tradicionalíssima casa austríaca chamada McDonalds.
De barriguinha cheia começa-se a exploração da cidade.

A considerar que já só se tem uma tarde livre, começaríamos pelo Palácio de Schönbrunn, porque é o ponto de interesse mais afastado da zona central da cidade.

O Palácio de Schönbrunn, antiga residência de verão do imperador, seduz com o belo jardim, a fonte de Neptuno e o jardim zoológico (o mais antigo do mundo).

O Schonbrunn é um dos locais mais visitados da Áustria e foi considerado Património Mundial da Unesco. O palácio passou por períodos de completo abandono, até que foi dado de presente à Imperatriz Maria Tereza, que o reestruturou até que chegasse ao que é hoje. A beleza dos seus jardins é o que mais impressiona e é um dos cartões-de-visita de Viena, sendo muitas vezes comparado aos Jardins de Versalhes.


No alto da colina podemos avistar a Gloriette (nome que habitualmente se dá a um edifício construído no topo de uma colina) pensada para ser um memorial à chamada Guerra Justa.

Após esta visita janta-se cedo e antes de serem tomados pelo cansaço podem visitar o Wiener Prater (gratuito) que fica aberto até à meia-noite.




O Prater é muito mais que um parque de diversões à beira-rio. Foi inicialmente usado pela realeza e nobres como um campo de caça durante séculos e a primeira menção ao parque data de 1162.

O parque era originalmente um lugar onde os trabalhadores e suas famílias podiam ir para descansar e relaxar. Depois disso, o Prater virou um palco de shows e feiras, onde deram espetáculos personalidades como Johann Strauss.

Desde que a roda gigante foi construída em 1897, a sua silhueta virou uma atração muito famosa de Viena e o símbolo do Prater. Diferente de várias outras rodas gigantes espalhadas pelo mundo, a Roda Gigante de Viena sobreviveu a muitas tragédias naturais, mas infelizmente, logo após a Segunda Guerra Mundial em 1945 a Roda pegou fogo e todas as suas 30 cabines foram destruídas. Mesmo que a cidade tenha sido muito destruída durante a guerra, a Roda foi uma das prioridades e foi reconstruída em tempo recorde, voltando a funcionar em 1947.

Dia 2:

Após o pequeno-almoço podem finalmente aventurar-se pelo centro de Viena.

Uma das primeiras paragens poderá ser a Catedral de São Estevão ou Stephansdom (gratuito), situada no centro histórico, é um dos mais importantes monumentos góticos do mundo. Na Sudturm (torre sul) está um gigantesco sino, chamado Pummerin, que foi feito com metal fundido de canhões turcos.

Muito próximo encontramos o Hotel Sacher onde podemos repor as energias com uma sachertorte, a torta de chocolate e alperce mais famosa do mundo.

Depois podem ver a sumptuosa Ópera Estatal de Viena ou Staatsoper como por lá lhe chamam. A Staatsoper foi a primeira grande obra da nova avenida, inaugurada já no longínquo ano de 1869 ao som de Don Giovanni do filho adotivo da cidade, Mozart.

Não muito longe da ópera encontra-se um dos mais carismáticos monumentos da cidade, o Edifício da Secessão. Não sei se se lembram mas a fachada deste edifício aparecia no genérico da série Rex J. A sua moderna arquitetura para a altura (e ainda para os dias de hoje) consiste num edifício quase sem janelas, de forma quadrada rematado por um globo de filigrama dourada sob o qual está escrito a divisa do movimento "Para cada época a sua arte, para a arte a Liberdade".

Por esta altura já será altura de almoçar e podem aproveitar para conhecer o Naschmarkt. O mercado fica muito perto da Secessão e lá encontram refeições, iguarias nacionais e internacionais, frutas e legumes e tudo exemplarmente organizado.



Após o almoço podem visitar o Palácio de Hofburg, de onde o império dos Habsburgo regia e aí podemos conhecer um pouco do dia-a-dia da corte. Aliás, encontramos vestígios dos Habsburgo um pouco por toda a cidade, é muito fácil encontrar uma referência à águia bicéfala, símbolo desta casa real.

Este gigantesco complexo de edifícios, que começou por ser um castelo medieval, cresceu ao longo dos anos e foi a residência dos imperadores de Habsburgo até 1918. Neste momento, incorpora os escritórios do presidente da Áustria, um centro de convenções e a Escola de Equitação Espanhola.

Há no Palácio de Hofburg vários museus abertos ao público, tais como os Apartamentos Imperiais, o Museu de Sissi e a Coleção de Prata Imperial.





Nas traseiras deste palácio temos a Heldenplatz onde se encontra o Neue Burg, um enorme edifício curvo de 1881, tendo sido o último pavilhão a ser acrescentado já ao vastíssimo palácio Hofburg. Construído numa época pouco propícia a estes devaneios, 5 anos após a conclusão desta parte do palácio caiu o Império Habsburg.

Perante esta joia da arquitetura desfilou ainda outro mau agouro para a humanidade, quando em 1938 Hitler sobe à sua varanda e proclama a anexação da Áustria à Alemanha, e desde então e nos 10 anos seguintes reinou a história da II Guerra.
Atualmente alberga a sala de leitura da biblioteca nacional e diversos museus.

Ainda na Ringstrasse podemos encontrar o Parlamento, de arquitetura neoclássica, teve que ser reconstruido em 1950 após a sua destruição na guerra. É rodeado por uma série de estátuas e fontes com alusões aos deuses gregos e romanos.

Terminamos o dia com o novo edifício da câmara municipal de Viena, Rathaus. Além das suas funções governativas este elegante edifício dá lugar a concertos de música clássica bem como a bailes nos seus sumptuosos salões ou jardins.

Dia 3:

Faria deste o dia mais descontraído.

Podemos começar o dia visitando a Karlskirche, é a maior catedral barroca a norte dos Alpes.

Desenhada pelo famoso arquiteto Bernhard Fischer von Erlach, os frescos foram pintados por Michael Rottmayre e as pinturas são dos pintores barrocos italianos Sebastiano Ricci e Giuseppe Antonio Pellegrini e do austríaco Daniel Gran. Pode-se fazer uma visita virtual no site oficial de Karlskirche (em alemão).







A menos de 1km encontramos o Palácio de Belvedere. Situado fora das muralhas da cidade, este edifício destinava-se a ser a residência de verão do príncipe Eugénio de Saboia. Hoje em dia, alberga a Galeria de Arte Austríaca, encontrando-se no centro de um enorme parque.

No edifício, situado no ponto mais alto do jardim, encontra-se a sala Terrena, que alberga as coleções de pinturas dos séculos XIX e XX e de Gustav Klimt.



O almoço poderá ser na zona do Museumquartier porque como a cidade é plana, percorrem-se largas distâncias em pouco tempo.

Durante a tarde podem ainda conhecer a “ilha” do Danúbio, os seus jardins e a sua torre, sentarem-se numa esplanada a degustar um bom vinho austríaco numa taberna local ou até conhecer o Neko: o café de gatos de Viena. Leu bem, é um café cujos anfitriões são gatos que interagem com quem os visita.

Para terminar a visita em pleno, à noite podem assistir a uma ópera.

Todas as fotos são da autoria de Marta Alves ou Renato Panda.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Então dizem que hoje é Dia dos Amigos?

Pessoas há que não acreditam na amizade fraterna entre um homem e uma mulher. Certamente não nos conhecem.

Conheço as tuas direitas e o teu avesso.

Tu antecipas as minhas quedas ou prevês as vitórias.

Eu até torço por uma vitória do Benfica (blhaque blhaque) e tu resignas-te a ouvir Rodrigo Leão.

Um dia a vida irá separar-nos porque grandes amores não permitem grandes amizades e cada um seguirá o seu rumo. Mas será inevitável aquele momento em que o coração lembrará que seria tudo muito mais suportável se estivesses por perto.


Por isso nas poucas coisas que peço a Deus rogo para que a tua cara-metade goste da minha companhia numa corridinha matinal e que o meu mais que tudo não dispense partilhar uma cerveja contigo enquanto assistem ao Tour de France.

A Amizade pura do cuidar, proteger e incentivar é algo que só está ao alcance de poucos privilegiados..



sexta-feira, 17 de julho de 2015

L'amour, l'amour...

Quando achas que TODAS as músicas que passam na rádio foram escritas a pensar em ti estás... tão lixado! 


quarta-feira, 8 de julho de 2015

So true!

Nada a acrescentar...