sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Um país (e um mundo) ao contrário!

Foram imensas as demonstrações de indignação e repulsa de inúmeras figuras públicas portuguesas (e não só!) e ilustres anónimos pelas palavras impróprias e inconvenientes proferidas pelo Blatter em relação ao nosso Cristiano.
Sim, foi uma atitude completamente descabida do presidente duma das maiores instituições futebolísticas do mundo (que deveria ser supostamente independente) e, note-se, eu até gosto bastante do Cristianito, mas daí a encherem as páginas de jornais, os noticiários e as redes sociais com críticas iradas ao homem é um bocadinho demais.
Existem situações bem mais dramáticas a acontecer e que mereciam muito mais o foco das atenções mediáticas.

Depois temos o caso de suposta violência doméstica entre Barbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho.
Independentemente de qual das partes tenha razão, estamos a falar de algo muito sério, não só pela violência contra o parceiro(a) em si, mas porque envolve dois menores que devem ser protegidos e cuja infância está a ser lapidada pelos comportamentos impróprio de um (ou ambos) dos seus progenitores.
Como não será confusa a cabeça de uma criança que vê aqueles que deveriam ser uma referência de respeito e boa-educação, que deveriam dar-lhe segurança e carinho, são os principais responsáveis pelo desassossego (e até mesmo terror) em que vivem?

E não sei porque é que insistem em dizer que os dois se fartam de “lavar roupa suja”?
Foi com asco que li e ouvi comentários monstruosos e medonhos tecidos sobre este caso em que referiam que se “ela apanhava era porque gostava” ou “se apanhava porque é que não o acusou antes?”

Meus caros, felizmente em Portugal, desde o ano 2000, a violência doméstica é considerada um crime público! Deste modo quando a vítima se sente em perigo e não consegue acusar o agressor, os vizinhos, amigos, familiares ou quaisquer outras pessoas que saibam de situações deste género, podem e devem avisar as autoridades de forma a terminar com o terror vivido pela vítima.
Não digo que este seja um desses casos, mas deveria ser tratado com menos ligeireza este flagelo que ainda se abate sobre inúmeras famílias portuguesas. 
Quando notícias de homicídios abrem os telejornais de nada serve dizer: “coitadinha, realmente eles discutiam muito mas nunca pensei que ele a matasse…”

Mantendo a linha de pensamento no campo do terror, pergunto-me: mas o que raio se está a passar em Moçambique?
Onde é que estão as “ajudas internacionais” quando temos saques, sequestros, atentados e roubos em plena luz do dia?

O nosso vice-primeiro-ministro foi esta semana para a China gabar-se da nossa ex-colónia macaense e de como investir em Portugal era um negócio da China. Deve ter lapsos de memória, só pode! Ainda há alguns meses contava uma história parecida aos angolanos e moçambicanos (achávamos que voltávamos às ex-colónias para assumir o papel de senhores) e agora que é preciso agir mandam os portugueses evitar viajar para Moçambique…
A nossa diplomacia, de facto, ainda se deve encontrar nos tempos feitorais…

Por falar em repressão e domínio dos povos, Maduro decretou que o Natal na Venezuela é em Novembro de forma ultrapassar a crise socioeconómica pela qual o país atravessa… 
Já nem o menino Jesus deixam dormir descansado, em palhinhas deitado!

Inocente que sou, pensava que na Venezuela não eram necessárias justificações medíocres para as atitudes déspotas dos tiranos.


É normal que depois de tudo isto a minha Helicobacter pylori dê sinais de vida. Neste mundo ao contrário só mesmo as bactérias para se safarem…

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