Declaração de
interesses: sou sportinguista, adoro futebol, gosto mais do CR7 do que chocolate e se “atacam “ os meus fervo em pouca água e respondo com ligação direta
boca-cérebro.
Posto isto e como havia
muito de que falar nesta semana resolvi juntar tudo no mesmo texto, mas orgulho-me de usar mais sinais de pontuação que o Saramago.
Quando era miúda sofri bullying (aliás, sofreram todos os que
conheci) na altura não tinha este nome e não havia telemóveis, muito menos
redes sociais para publicar fosse o que fosse por isso os momentos, mais ou
menos vergonhosos, restringiam-se ao meio escolar.
Primeiro foi com a minha
irmã. Havia um miúdo que lhe assaltava o cacifo, roubava o lanche e
estragava os cadernos. Quando se queixou em casa o meu pai disse-lhe que quando
voltasse a acontecer, ela que fechasse a mão e lhe batesse com a zona dos nós
dos dedos, para que lhe doesse menos a ela e mais ao seu agressor, em cheio na cara.
Logo no dia seguinte, estava a minha irmã a ser mais uma vez massacrada,
apareceu um vizinho nosso bem mais velho que segurou no garoto e disse-lhe para ela fazer o que quisesse. É claro que ela se lembrou dos ensinamentos
do nosso pai e espetou com tanta força o seu gancho direito na cara do agressor
que além de passar umas boas horas a chorar, nunca mais se meteu com ela.
Ela tinha 9 anos, nesse
dia deixou de ser uma vítima e ninguém voltou a ter coragem de a molestar.
Passei por isso um ano
mais tarde. Tinha uma “amiguinha” que
me atirava com um gato à cara sempre que me apanhava a jeito (leia-se quando
aqui a xoninhas passava os intervalos
a explicar-lhe as mais básicas operações matemáticas que aquele calhau tinha
dificuldades em assimilar e, que por na altura ter a mania que era a madre
Teresa de Calcutá, continuava a sujeitar-me para a ajudar). Um dia cansei-me. Queixei-me
em casa. O meu pai, conhecendo-me muito bem, sabia que não me poderia dar o
mesmo conselho que dera à minha irmã e, portanto, explicou-me que dependendo da
situação poderia usar duas estratégias: ou desprezava quem não merecia a minha
atenção ou se fossem ofensivos comigo deveria usar a minha melhor arma: a
palavra.
No dia seguinte arrasei
verbalmente (sem usar um único palavrão que a Madre Teresa não faz essas
coisas) a garota, de tal forma que desatou a chorar e como na altura não se
recorria a psicólogos para recuperar destes danos à alma, passou a evitar-me em
toda e qualquer situação.
Ainda hoje a minha irmã
diz que faço mais estragos com 2 frases do que ela com os 2 punhos fechados.
A vida é dura, os
garotos são cruéis e todos nós temos a nossa mea culpa na forma como (des)educamos as criancinhas.
E se acham que não há
futuro para os bullies de hoje-em-dia
desenganem-se! Podem sempre vir a ser subcomissários da PSP. Uahahhahhah
brincadeirinha, isto só foi uma forma de passar ao próximo tema…
Aquelas imagens em
Guimarães não têm explicação.
Todos sabemos que os
agentes da polícia ganham mal, estão sujeitos a muito stress e que o futebol galvaniza mais o povinho do que outra coisa
qualquer. Mesmo assim, independentemente das circunstâncias, o senhor
subcomissário nunca poderia ter reagido daquela forma. Se insultarem a mãe ou
cuspirem na cara de um qualquer cidadão poderão ficar sem um ou outro dente. Faz
parte da nossa natureza protegermos os que nos são queridos e agirmos como umas
bestas em alturas de grande tensão. E, se houver justiça, sofreremos as
consequências de cada ato praticado.

De toda esta lúgubre
cena, só quero guardar na retina a imagem do agente (penso que se chama
Ernesto) que abraça e protege aquele garoto ou de todos os outros que evitaram
maiores conflitos no Marquês. Estes sim jogam noutro campeonato, no que está
certo! ;)
E está assim lançado o
mote para falarmos do meu Cristianinho.
Avança a Imprensa
Espanhola que CR7 poderá estar à venda por 100 milhões de euros, uma vez que
caiu em desgraça para os lados de Madrid por ter falhado um penalti contra o
Valência e ter feito 2 maus jogos contra a Juventus. Isto revela da parte do
Real Madrid e dos seus adeptos uma enorme ingratidão e é um pouco ilustrador do
facto dos espanhóis não tolerarem muito bem os portugueses que alcançam o
sucesso no futebol, relembremos o caso do Mourinho. Aqui a única exceção parece
ser mesmo o Figo, este continua a merecer prestígio um pouco por todo o lado.
Ainda me ria se o meu querido Manchester United o comprasse e lhe permitisse golear (leia-se arrasar) o RM numa próxima edição da Liga dos Campeões.
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