Herdamos do nosso pai a capacidade de ironizar qualquer situação e gracejar sobre o imediato. A minha irmã tem o mesmo jeito fácil de fazer rir as pessoas, aquela gargalhada contagiante que torna ainda mais engraçado qualquer motejo espontâneo. Já eu nem sempre sou bem sucedida e há quem confunda os meus momentos irónicos com arrogância e/ou ignorância (choro, baba e ranho façam favor!) =D
Contudo, nos últimos tempos a ironia tem dado lugar ao cinismo. Não digo que me tenha tornado insolente, mas nos momentos em que antes havia a fluidez da ligação boca – cérebro, agora há a necessidade de fazer alguns malabarismos de forma a dizer exactamente o contrário do que estou a pensar… Nunca vos aconteceu? E depois, perversamente, torna-se um hábito… Sou eu a fingir que não é bem assim, sou eu a lutar por ser diferente de mim…
Volta ironia, estás perdoada! =)
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