sábado, 30 de junho de 2012

Savoir Faire

Tinha acabado de ter o seu primeiro acidente de carro e a vontade de ir aquela festa oscilava entre a pouca e a nenhuma... Sabia que não podia faltar e afinal não haviam mortos, feridos ou desculpas para dar...

Porque ser a super mulher implica não mostrar sinais de fraqueza mesmo quando a vontade é chorar como se não houvesse amanhã, sem ter motivos ou explicações para dar...

Estava um calor infernal, passou em casa para tomar banho, vestir uns calções e um top, calçar uns chinelos e prender o cabelo num elástico para se manter fresca. O desânimo era tanto que nem rímel, o seu amigo de todas as horas, se dignou a colocar... Pegou na prenda e decidida a ser uma companhia agradável saiu de casa.

Quando chegou, já estavam todos à mesa. Foi recebida de forma esplêndida por aquele grupo tão afável. 
Até ao infeliz (muito infeliz) momento em que o tio da sua amiga (a aniversariante) a compara a um amigo seu de Braga… SIM! Não é um erro, ele insistiu em dizer que ela era i-g-u-a-l-z-i-n-h-a a um homem que ele conhecia e que as semelhanças eram extraordinárias!
Ao que ela responde, fazendo uso da sua abençoada ironia: “E ainda bem que fiz recentemente o buço porque senão íamos parecer irmãos gémeos separados à nascença…”
Todos riram copiosamente e o senhor deixou-se de comparações…

Contudo estava demasiado débil para a ironia ser o bastante para lhe socorrer o ego e a alma naquele malfadado dia. Mas, sendo educada, amável e faladora (muito faladora) era o suficiente para esconder a fragilidade pela qual tinha vindo a ser dominada. Ou pelo menos, assim o pensava…

Bem mais tarde nessa noite, o irmão da amiga (um rapaz bonito, culto, viajado, elegante e com um savoir faire de derreter qualquer mulher) contorna a mesa e vem sentar-se ao lado dela.
E sem qualquer tipo de prelúdio, dispara: “Sabes é assim que se consegue verdadeiramente avaliar a beleza de uma mulher: sem maquilhagem e com o cabelo num puxo. E tu, és uma mulher muito bela.”
Inusitadamente ela fica completamente emudecida, permitindo que ele com a mesma ligeireza com que se aproximara se volte a afastar.
  
É claro que voltaram às triviais conversas de grupo, que duraram toda a noite, mas agora com a singularidade que de quando em vez havia uma troca de sorrisos ou um piscar de olhos entre dois dos intervenientes.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Bolseiros de investigação falam sobre os atrasos nos pagamentos pela FCT

É assim que se afugentam os génios do nosso país. 

Revolta-me ainda mais o facto de ter depositado enormes esperanças neste ministro, porque o tinha como pessoa recta e exemplar. 

Gosto especialmente duma frase dita por uma das bolseiras: "Para se ser cientista em Portugal é preciso coragem e uma boa dose de loucura!"



"Não se pode dizer que existam atrasos no pagamento aos bolseiros de investigação da FCT"

Gabinete do Ministro da Educação e Ciência Nuno Crato a 25-5-2012


"Com excepção de dificuldades no ano de arranque da bolsa, os bolseiros são sistematicamente pagos a tempo. (...) É falso que os bolseiros vivam em permanentes dificuldades."

Miguel Seabra (Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia-FCT) em 20-6-2012




sexta-feira, 22 de junho de 2012




Eu não sei porque é que gosto desta música, mas gosto... e muito!

Não é música experimental checa e portanto, não faz de mim uma mulher super interessantérrima, mas o meu útero, de vez em quando, tem uma palavra a dizer...

E sabem quem mais? Deixem-no falar! =D

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pareceu tão estranha esta quarta-feira por não haver um jogo de futebol para ver...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Raios! Mas porque é que em vez de estudar inglês ou castelhano, preparar a tese ou fazer aquilo que trago para casa do trabalho, só estou a escrever parvoíces no blogue?!

Preciso urgentemente de inspiração...

E hoje esta música não me sai da cabeça...





Como resolver um problema!


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Relações & Relacionamentos

Existem pessoas com sentimentos que podem ser chamados de efémeros e, portanto, apaixonam-se e desapaixonam-se com o arrebatar de um novo sorriso ou com uma qualquer frustração. É bom porque têm o desprendimento necessário para deixar a relação evoluir, a capacidade de lidar melhor com o sentimento da perda mas (há sempre um mas) quando se encontra a tal pessoa são submetidos à dúvida cruel se o sentimento é, aquilo a que muitos enchem a boca para chamar, de amor.

Depois há os outros, os de paixões sólidas, os que acham que para toda a vida não é demasiado tempo, os que se demoram a encantar por alguém mas depois de tal acontecer sabem que aquele sentimento resistirá a quase tudo. É bom porque tornam uma relação mais "consistente" mas são aqueles que demoram muito tempo a ultrapassar, a esquecer, a deixar de olhar para trás para seguir em frente. Contudo, depois de o fazer, é uma decisão sem retorno.

Como em tudo na vida, há um rol de vantagens e desvantagens e, podemos fazer parte dos dois grupos em diferentes fases da nossa vida.

Em ambos os casos, quando encontras à tua frente (e não estou a falar só de amor-à-primeira-vista) alguém que te transmite liberdade e segurança, a vertigem do toque, a química entre corpos, a cumplicidade de um olhar (aquele do sei-exactamente-no-que-estás-a-pensar), a partilha de valores (não de interesses porque é bom conhecermos novas experiências, cedermos à curiosidade e à necessidade de entrar no mundo do outro) e toda uma panóplia de emoções, que não é qualquer um que tos desperta, aí tudo muda.

Os fugazes ganham certezas sem margens para dúvidas, os devotados esquecem todos os fantasmas do passado e vivem o delírio do presente.

O grande problema é quando alguém do passado reaparece na nossa vida e sem querer (raramente é feita a nossa vontade) revives toda a vertigem que tinhas julgado passageira ou ultrapassada.

O que fazer? Indultar erros imperdoáveis? Esquecer todas as desavenças e/ou defeitos que achávamos incapazes de ultrapassar?


Sabendo que nunca se pode partir do ponto em que se acabou. Não é por haver uma história no passado que se pode agir como se aquele gap temporal nunca tenha existido...
Começa-se tudo do zero, agora com a vantagem, que conheces bem melhor quem queres que volte a estar do teu lado...


Indago-me se será fraqueza ou coragem dar uma segunda (ou terceira, ou quarta, ou...) oportunidade a quem é capaz de nos provocar tal turbilhão de sentimentos? Embora sabendo à priori que algumas coisas voltarão a ser o que eram e outras nunca mais o serão...

Mas se acharem que vale a pena (no sentido literal da palavra), embarquem nessa aventura porque só o tempo dirá se será uma desilusão, uma aventura, um êxito ou qualquer combinação possível entre estes e muitos outros desfechos possíveis...

sábado, 16 de junho de 2012

Isso agora... =D


"É fascinante uma pessoa inteligente ver um indouto a armar-se em esperto para a tentar enganar..."

Diana Marques

terça-feira, 12 de junho de 2012

" O plano da troika está para portugal como o Helder Postiga para a selecção: Sabe-se que não resolve mas insiste-se na solução."

Programa "Café Central" da RTP2

domingo, 10 de junho de 2012

Porque é que as mulheres vêm novelas?





Nunca a frase "Uma imagem vale mais do que mil palavras" fez tanto sentido!

Nota: tive imensa dificuldade em escolher uma foto, tinham todas imensa qualidade...

sábado, 9 de junho de 2012

Luis de Guindos explica el rescate

Tudo por eufemismos, claro está...

 "Lo que se pide es apoyo financiero y no tiene nada que ver con un rescate en absoluto. Irá dirigido al FROB y éste lo inyectará en las entidades que lo requieran. No todas las entidades necesitan capitalización"

 "Esto es un préstamo que se recibe en condiciones muy favorables, más favorables que las de mercado y que el FROB. Por lo tanto no hay el mínimo rescate"


24H - TVE

A melhor declaração da tarde:

  ¿Por qué no comparece Rajoy?, se le pregunta, y si va a ir al fútbol. "Yo soy el miembro del Eurogrupo y no el presidente del Gobierno. Siguiente cuestión", zanja cortante.

Muito optimista:

"Las condiciones de interés y plazo serán extremadamente favorables", insiste, "pero el FROB va a inyectar capital solo en las entidades financieras que lo necesiten, porque el 70% del sistema financiero español puede resistir las condiciones más desfavorables posible"

"El impacto sobre la deuda pública... Es un préstamo que hace Europa y reduce la presión sobre la emisión del Tesoro español y en los próximos días se verá menor presión sobre la deuda española"


Fonte: El País

Euro 2012

Tenho tentado controlar o meu desdém à Selecção Portuguesa: são os maus resultados, os gastos milionários em hotéis, as desculpas "esfarrapadas" para não darem autógrafos a miúdos...

Enfim...

Vamos lá ver se a música dos Anaquim ajuda:





Uma vitória frente à colossal Alemanha também não era mal pensado...

Resgate Económico a Espanha - a Pressão!


Quanto mais leio sobre o assunto, mais fica consolidada a ideia que o Governo de Rajoy está, claramente, a ser pressionado a "socorrer-se" do resgate económico.

Já se ouviram as "independentes" agências de rating, o Obama também já deu o seu parecer e agora temos a Comunidade Europeia (leia-se França  e Alemanha) a deliberarem sobre o futuro espanhol.

Caso tal aconteça, o Euro fica seriamente ameaçado, não fora a Espanha a quarta maior potência europeia.

Nestas alturas, interrogo-me porque é que este apoio não pode ser efectuado de forma sigilosa? Não é que seja adepta das teorias da conspiração mas que seria bom (muito bom) que não passasse a imagem do resgate financeiro a Espanha para o exterior (leia-se fora da UE), seria...