A mulher de 28 anos aposta, arrisca e paga para ver.
A mulher de 28 anos é aventureira e não dispensa o seu porto
seguro.
A mulher de 28 anos passa do choro copioso ao riso insano (e
vice-versa) em menos de sessenta segundos.
A mulher de 28 anos aparentemente diz tudo o que pensa.
A mulher de 28 anos é ambiciosa lutando contra uma miscelânea
de audácia e insegurança.
A mulher de 28 anos oscila entre a sensualidade dos seus
actos e o sentido prático do seu carácter.
A mulher de 28 anos é provocadora, astuciosa, perversa,
irónica, sarcástica e algumas vezes até um tanto ou quanto cínica.
A mulher de 28 anos gosta de
pessoas que dizem “obrigada” e “por favor”.
A mulher de 28 anos é imprevisível, vertiginosa, retorcida, impulsiva
e intensa.
A mulher de 28 anos continua a ser chata, rabugenta e
ridiculamente sensível.
A mulher de 28 anos acredita nas pessoas, não por
ingenuidade mas por esperança.
A mulher de 28 anos é uma grande filha, uma irmã fantástica,
uma amiga incrível e uma péssima namorada. (Espera vir a ser uma mãe razoável e
uma companheira aceitável).
A mulher de 28 anos é inoportuna, inconveniente, genuína, burlesca,
extenuante e extasiante.
A mulher de 28 anos quer sempre mais embora, raramente o
faça saber.
A mulher de 28 anos acredita em Deus.
A mulher de 28 anos deleita-se com pessoas e/ou actos entusiastas,
pujantes e arrojados.
A mulher de 28 anos tem expectativas muito elevadas e, portanto,
fáceis de defraudar.
A mulher de 28 anos é uma caixinha de segredos que a muito
poucos se revela por inteiro.
A mulher de 28 anos sabe definitivamente o que não quer e
vai descortinando o que pensa querer.
(Balzac daqui a 2 anos digo-te se tens razão relativamente à mulher de 30 anos...)