domingo, 23 de junho de 2013

Dilemas com Estrogénio - O que todas as meninas deviam saber =D

"Será que "o homem da nossa vida" é, sempre, "o amor da nossa vida"? Diria que em muitos casos não é.
O homem da nossa vida é uma espécie de altar ego de nós próprios, alguém por quem nos apaixonamos, com quem desejamos fundir-nos, que constitui por assim dizer o nosso complemento, que ocupará sempre um lugar especial no nosso coração. E que, mesmo quando a vida nos separa, mantém subtilmente cativo esse lugar. É, também, com frequência, o pai dos nossos filhos.
De modo diverso, o amor da nossa vida é aquele que nos aceita como somos, que não compete com outros amores que tivemos, que nos ama como nós precisamos de ser amados, que desfruta das nossas diferenças e que, apreciando quem somos, jamais pretende transformar-nos na mulher de que eles precisariam, ou que gostariam que nós fossemos.
Às vezes leva muito tempo a compreender esta subtil diferença, porque o que é natural e romântico, é desejar-se que o homem da nossa vida seja também o nosso grande amor.
Recentemente falava com um amigo sobre esta dualidade e sobre os perigos que representa não nos apercebermos desta distinção. A maioria de nós encontra muito cedo o homem da sua vida. Por norma, cedo demais. E, por isso mesmo, só mais tarde percebe a grande diferença que é encontrar o grande amor da sua vida."

Da sempre genial Helena Sacadura Cabral 

Todas as meninas com 14, 15 anos deviam ler este texto... 
Aliás devia ser incluído no manual de português do 9º de escolaridade!

Contrariamente a este texto, encontrei cedo de mais o amor da minha vida, mas continuo a acreditar que a vida é generosa de mais para só nos dar uma oportunidade de acertar... =P

Em alguns momentos de loucura, gosto de acreditar, que estive sempre certa e que estes dois homens podem ser o mesmo...

"Louco, sim louco, porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado que procria?"

Fernando Pessoa





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