sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A mulher de 28 anos

A mulher de 28 anos aposta, arrisca e paga para ver.
A mulher de 28 anos é aventureira e não dispensa o seu porto seguro.
A mulher de 28 anos passa do choro copioso ao riso insano (e vice-versa) em menos de sessenta segundos.
A mulher de 28 anos aparentemente diz tudo o que pensa.
A mulher de 28 anos é ambiciosa lutando contra uma miscelânea de audácia e insegurança.
A mulher de 28 anos oscila entre a sensualidade dos seus actos e o sentido prático do seu carácter.
A mulher de 28 anos é provocadora, astuciosa, perversa, irónica, sarcástica e algumas vezes até um tanto ou quanto cínica.
A mulher de 28 anos gosta de pessoas que dizem “obrigada” e “por favor”.
A mulher de 28 anos é imprevisível, vertiginosa, retorcida, impulsiva e intensa.
A mulher de 28 anos continua a ser chata, rabugenta e ridiculamente sensível.
A mulher de 28 anos acredita nas pessoas, não por ingenuidade mas por esperança.
A mulher de 28 anos é uma grande filha, uma irmã fantástica, uma amiga incrível e uma péssima namorada. (Espera vir a ser uma mãe razoável e uma companheira aceitável).
A mulher de 28 anos é inoportuna, inconveniente, genuína, burlesca, extenuante e extasiante.
A mulher de 28 anos quer sempre mais embora, raramente o faça saber.
A mulher de 28 anos acredita em Deus.
A mulher de 28 anos deleita-se com pessoas e/ou actos entusiastas, pujantes e arrojados.
A mulher de 28 anos tem expectativas muito elevadas e, portanto, fáceis de defraudar.
A mulher de 28 anos é uma caixinha de segredos que a muito poucos se revela por inteiro.

A mulher de 28 anos sabe definitivamente o que não quer e vai descortinando o que pensa querer.


(Balzac daqui a 2 anos digo-te se tens razão relativamente à mulher de 30 anos...)

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