domingo, 10 de novembro de 2013

Pixies - 9/11/2013

Comprei os bilhetes para assistir ao concerto dos Pixies logo em Agosto. La Riviera já tinha esgotado as duas noites em Madrid e não tencionava correr esse risco para Lisboa.
Gosto da banda, gosto das suas músicas e gosto que a sua formação tenha ocorrido um ano após o meu nascimento. Para quem diz que eles são velhos, aviso já que com 27 aninhos são apenas umas crianças.

Sou de Aveiro e, portanto, saímos de casa por volta das 16h para termos tempo de ir com calma, jantar na Capital e assistir à primeira parte do jogo entre o SLB-SCP (por esta altura ainda andava eu "cheia de contente" porque sou uma sportinguista muito optimista) antes de entrarmos no Coliseu às 21h.

Isto seria assim linear e facilmente concretizável se eu não fosse a Diana Cristina - sinónimo supra-supremo do mefistofélico... 
Deste modo quando estávamos a segundos de entrar na A1 já em Fátima, o J pergunta-me em tom jocoso se não me tinha esquecido dos bilhetes? (sim, era eu quem tinha os bilhetes do povo todo...)
E qual não foi o espanto quando respondi:
"- Pára o carro! Eu deixei-os em casa! Não estou a gozar, não os tenho comigo..."

Eram quase 17h30, a F ficou atónita, completamente paralisada e o J, antes que eu pudesse assimilar as consequências daquele esquecimento, olha pelo espelho retrovisor e pergunta-me: "- Qual é a forma mais rápida de chegarmos a tua casa?"

Enquanto escutava a minha resposta, fez inversão de marcha e com o ar mais calmo deste mundo, tranquilizou-nos: "- Não se preocupem, podemos não jantar em Lisboa, mas entramos naquele Coliseu antes de começar o concerto."

Ninguém questionou a exequibilidade daquele plano.
É claro que o J percebia toda a extensão do "problema" que tínhamos pela frente embora nunca o demonstrasse. Não me imputou qualquer tipo de responsabilidade pelo acontecido, não me recriminou uma única vez ou sequer fez um comentário que me fizesse sentir culpada. 
O J é assim, faz-nos acreditar que tudo é possível.

Nem eu, nem a F somos amantes de grandes velocidades, aliás até somos daquelas chatinhas que estão sempre a dizer: "- Vai mais devagar, porque é que aceleras tanto? blá blá blá blá", mas quem estava nos comandos era o J e isso deixava-nos seguras que o que ele fizesse era o mais acertado e mais nada!

Ainda não eram 20h e já estávamos a entrar na cidade de Lisboa, demoramos imenso tempo a estacionar, comemos um hambúrguer enquanto caminhávamos mas às 21h estávamos na entrada principal do Coliseu.

Foi uma viagem incrível. 
Rimos da forma como eu não permitia que a vida deles se tornasse monótona, trocávamos mensagens com os exasperados que já estavam à nossa espera, ligámos para o hotel a avisar que o nosso check-in seria feito de madrugada, os benfiquistas comemoraram os 3 golos do Cardozo e eu, aziada com o resultado, praguejei graças à pontaria do paraguaio que, supostamente, estava a jogar a 50%... 

E foi este o mote para uma noite memorável.
Depois do brutal concerto dos norte-americanos tivemos direito a derivados da cevada em copos de 0,5L no Hard Rock Café, divertimo-nos no Bairro Alto e descemos ao Cais do Sodré onde dançámos até de manhã.




Como andei acompanhada de 7 benfiquistas posso dizer que fui vítima de bullying em algumas conversas, c'est la difficile vie d'une leonne... =D

Contudo, diferenças futebolísticas à parte, posso dizer que sou uma privilegiada: tenho Amigos de valor imensurável que me fazem viver momentos inenarráveis.


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