quarta-feira, 12 de março de 2014

Manifestações policiais

Ouvindo pessimistas e optimistas estima-se que entre 10.000 a 20.000 agentes da autoridade se manifestaram na passada quinta-feira à noite em frente à Assembleia da Republica.

No dia seguinte, quando pesquisava informação sobre o sucedido nos periódicos nacionais só encontrei manchetes do género: “Polícia visto na manifestação usa pulseira electrónica” ou “Meia dúzia de feridos entre os manifestantes” e ainda "Duas horas de tensão mas polícias não subiram as escadarias" et cacetera cacetera…

Então e os motivos?

Aqueles agentes não foram certamente manifestar-se contra as gravatas do primeiro-ministro ou os penteados do seu vice…

Aqueles agentes perderam poder de compra com sucessivos cortes salariais e com os aumentos nas contribuições para subsistemas de saúde e contribuições extraordinárias de solidariedade (bonitinha forma de denominar “outra-forma-de-subir-os-impostos-a-subservientes-que-trabalham-para-aquecer”) e, ainda têm que suportar os custos com a própria farda.

Quando ouço as notícias sobre a Ucrânia e a Venezuela penso em países de terceiro mundo. Às vezes quando ouço falar de Portugal também.

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