quinta-feira, 21 de maio de 2015

Campeonato, CR7, Bullying e Bullies...

Declaração de interesses: sou sportinguista, adoro futebol, gosto mais do CR7 do que chocolate e se “atacam “ os meus fervo em pouca água e respondo com ligação direta boca-cérebro.

Posto isto e como havia muito de que falar nesta semana resolvi juntar tudo no mesmo texto, mas orgulho-me de usar mais sinais de pontuação que o Saramago.

Quando era miúda sofri bullying (aliás, sofreram todos os que conheci) na altura não tinha este nome e não havia telemóveis, muito menos redes sociais para publicar fosse o que fosse por isso os momentos, mais ou menos vergonhosos, restringiam-se ao meio escolar.

Primeiro foi com a minha irmã. Havia um miúdo que lhe assaltava o cacifo, roubava o lanche e estragava os cadernos. Quando se queixou em casa o meu pai disse-lhe que quando voltasse a acontecer, ela que fechasse a mão e lhe batesse com a zona dos nós dos dedos, para que lhe doesse menos a ela e mais ao seu agressor, em cheio na cara. Logo no dia seguinte, estava a minha irmã a ser mais uma vez massacrada, apareceu um vizinho nosso bem mais velho que segurou no garoto e disse-lhe para ela fazer o que quisesse. É claro que ela se lembrou dos ensinamentos do nosso pai e espetou com tanta força o seu gancho direito na cara do agressor que além de passar umas boas horas a chorar, nunca mais se meteu com ela.

Ela tinha 9 anos, nesse dia deixou de ser uma vítima e ninguém voltou a ter coragem de a molestar.

Passei por isso um ano mais tarde. Tinha uma “amiguinha” que me atirava com um gato à cara sempre que me apanhava a jeito (leia-se quando aqui a xoninhas passava os intervalos a explicar-lhe as mais básicas operações matemáticas que aquele calhau tinha dificuldades em assimilar e, que por na altura ter a mania que era a madre Teresa de Calcutá, continuava a sujeitar-me para a ajudar). Um dia cansei-me. Queixei-me em casa. O meu pai, conhecendo-me muito bem, sabia que não me poderia dar o mesmo conselho que dera à minha irmã e, portanto, explicou-me que dependendo da situação poderia usar duas estratégias: ou desprezava quem não merecia a minha atenção ou se fossem ofensivos comigo deveria usar a minha melhor arma: a palavra.
No dia seguinte arrasei verbalmente (sem usar um único palavrão que a Madre Teresa não faz essas coisas) a garota, de tal forma que desatou a chorar e como na altura não se recorria a psicólogos para recuperar destes danos à alma, passou a evitar-me em toda e qualquer situação.

Ainda hoje a minha irmã diz que faço mais estragos com 2 frases do que ela com os 2 punhos fechados.

A vida é dura, os garotos são cruéis e todos nós temos a nossa mea culpa na forma como (des)educamos as criancinhas.
E se acham que não há futuro para os bullies de hoje-em-dia desenganem-se! Podem sempre vir a ser subcomissários da PSP. Uahahhahhah brincadeirinha, isto só foi uma forma de passar ao próximo tema…




Aquelas imagens em Guimarães não têm explicação.
Todos sabemos que os agentes da polícia ganham mal, estão sujeitos a muito stress e que o futebol galvaniza mais o povinho do que outra coisa qualquer. Mesmo assim, independentemente das circunstâncias, o senhor subcomissário nunca poderia ter reagido daquela forma. Se insultarem a mãe ou cuspirem na cara de um qualquer cidadão poderão ficar sem um ou outro dente. Faz parte da nossa natureza protegermos os que nos são queridos e agirmos como umas bestas em alturas de grande tensão. E, se houver justiça, sofreremos as consequências de cada ato praticado.

Um agente da polícia tem que estar acima disto, tem formação e preparação psicológica para lidar com o mais irracional dos seres. Tem um código de ética a cumprir e tem que ser alguém que inspira respeito e brio.

De toda esta lúgubre cena, só quero guardar na retina a imagem do agente (penso que se chama Ernesto) que abraça e protege aquele garoto ou de todos os outros que evitaram maiores conflitos no Marquês. Estes sim jogam noutro campeonato, no que está certo! ;)



E está assim lançado o mote para falarmos do meu Cristianinho.


Avança a Imprensa Espanhola que CR7 poderá estar à venda por 100 milhões de euros, uma vez que caiu em desgraça para os lados de Madrid por ter falhado um penalti contra o Valência e ter feito 2 maus jogos contra a Juventus. Isto revela da parte do Real Madrid e dos seus adeptos uma enorme ingratidão e é um pouco ilustrador do facto dos espanhóis não tolerarem muito bem os portugueses que alcançam o sucesso no futebol, relembremos o caso do Mourinho. Aqui a única exceção parece ser mesmo o Figo, este continua a merecer prestígio um pouco por todo o lado.

Ainda me ria se o meu querido Manchester United o comprasse e lhe permitisse golear (leia-se arrasar) o RM numa próxima edição da Liga dos Campeões.



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