Hoje, quarenta dias depois da Páscoa, comemora-se o dia da Ascenção do Senhor, também conhecido
por quinta-feira da Espiga.
De acordo com a tradição, neste dia as pessoas deveriam ir ao campo apanhar espigas de cereais, um raminho de oliveira e flores campestres e com isto fazer um ramo. Este seria guardado dentro de casa até ao ano seguinte.
A cada elemento do ramo é atribuído um desejo: a espiga é para que não falte pão, a oliveira traz paz e luz ao lar e as flores reclamam alegria para todo o ano.
A cada tipo de flor é também associado um simbolismo: a papoila personifica o amor e a vida, o malmequer representa o ouro e a prata e, por último, o alecrim expressa saúde e força.
Conheço esta tradição desde muito pequena mas reconheço que nunca fiz um ramo neste dia.
No entanto, num ano em que a tragédia e a tristeza são as palavras que melhor retratam a aldeia em que nasci, almejo que muitos tenham saído de casa e ido ao campo colher plantinhas.
Nesta altura do campeonato já todos os métodos são cientificamente válidos para trazer algum gáudio à vida desta boa gente...
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